Estudos sobre Franz Weissmann

Década 1980

Frederico Morais - ABC de Weissmann - 1981

"(...) A cor une os elementos e os planos entre si, porque dá continuidade ao espaço (...) Nem sensualidade nem explosão. Minha escultura não explode. Procura organizar-se com precisão no espaço. (...) Sempre imagino minhas esculturas em dimensões monumentais (...)"

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Frederico Morais - Escultura de Weissmann, gritos e silêncios - 1985

"Suas esculturas já integram a paisagem da cidade e, por sua beleza altiva e pura, vão se constituindo em marcos do urbanismo da cidade. (...) Artista de uma sociedade industrial, Franz Weissmann manteve, durante 30 anos, seu ateliê no interior de uma fábrica de carrocerias para ônibus (...). Trata-se, na verdade, de uma verdadeira usina de criação, ou ainda, do mais extraordinário arquivo de formas deste país, referência ou matriz para quase tudo o que se fez, e ainda se faz, em décadas de esculturas no Brasil. (...)"

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Frederico Morais - Flor nascendo, vôo, sol - 1985

"(...) Tremo e sonho. Enquanto caminhávamos pelo galpão, neste labirinto de obras e idéias, a imaginação corria a mil. Vivemos, em pouco mais de uma hora, belas utopias. Se tantas esculturas de Weissmann, hoje, parecem desejar alçar vôo, levitar, flutuar no espaço, porque não concretizar este sonho por uma via tecnológica qualquer? (...)  O artista sempre foi um construtor de utopias. (...)  A escultura de Weissmann é isso: formas virtuais que aspiram nascer, promessa de vida."

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Ronaldo Brito - Homenagem ao espaço - 1986

" A obra de Franz Weissmann é o momento clássico por excelência da moderna escultura brasileira. (...)  A escultura aparece como a própria experiência do Ser do espaço, anterior a qualquer noção de natureza. (...) . A seu modo moderno, necessariamente complexo e paradoxal, portanto, essa escultura procura cumprir a tarefa clássica por definição — a mediação entre natureza e cultura."

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Ronaldo Brito - Situações transitivas - 1987

"A obra de Franz Weissmann parte de uma premissa decididamente moderna, anti-substancialista: o espaço não é uma coisa, uma entidade, é uma construção humana. As figuras geométricas deixam de ser tomadas como formas puras, imanentes, para se apresentarem como elementos da atividade incessante de espacialização. (...) Distantes estaríamos, com certeza, do construtivismo escolar e sua razão mecânica. O trabalho de arte nada tem a ver com uma somatória de combinações, qualquer súmula das variáveis geométricas. Ele é a força capaz de inventar e descobrir, captar e decidir, movimentos reveladores de espaço. (...)"

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Ronaldo Brito - Monumentos provisórios - 1987

" A escultura de Franz Weissmann apresenta-se sempre como a reatualização incessante das possibilidades de espaço. Não existe forma fechada, não pode existir figura geométrica senão em movimento e transformação. Espaço é dinamismo, pulsação de espaço. (...) Num certo sentido, (...), as esculturas de Weissmann terminariam todas em reticências. (...) O mundo moderno, ao abolir o princípio da autoridade, define-se como o que está por vir. Ele é o que será imaginado, processado e construído.(...) para Weissmann, o real consiste no jogo muitas vezes inopinado e inesperado dos possíveis. (...)"

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Ferreira Gullar - Uma poética do espaço - 1987

"(...) Onde havia a massa, há agora o vazio, o espaço indeterminado, é dentro dele que nasce — como uma planta — a escultura de Franz Weissmann. E que, ao nascer, cria um novo espaço — um espaço humano no limite do espaço natural. Uma delicada transfiguração, que parece buscar a justa medida do homem e da natureza, do imaginário e do real, sem violência. (...)"

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